''Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse agradável para mim: pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou isso de egoísmo. Hoje sei que se chama amor-próprio. ''

quarta-feira, 3 de abril de 2013

A bagunça da criança, ou da mamãe?

Como era fácil manter tudo arrumadinho quando eu morava sozinha. Eu tirava a poeira, mantia a cozinha limpinha, as roupas depois do meu surto de arrumar o guarda roupa, permaneceu arrumadinho,sem falar no cheirinho bom de quando eu entrava em casa.

Agora isso é passado!

O maridão adora reformar ali e acolá, é ferramenta pra tudo que é lado, roupa suja ele só joga no chão, tem brinquedos da minha menininha pra todo lado, fora os copos esparramados pela casa. Uffs!!! Estou exausta! Como no post anterior estou me preparando para a papinha da minha menininha, hoje vou fazer a primeira papinha. Não é mole essa vida de mãe. Não sei se o problema realmente é meu. Não estou conseguindo vencer a bagunça da casa. A rotina é sempre a mesma. Me levanto e troco a fraldinha da minha menina, depois vou fazer a ''dedera'', aí é quase uma hora nessa etapa, porque até que ela mamar e arrotar e ficar quieta para dar o quilo, porque tenho que ficar vigiando para ela não começar a rolar no colchão, já passou um tempão. Depois vou tomar café da manhã, lavar roupa (lavo praticamente todo dia), aí vem arrumar a cozinha. Não demora muito a minha mocinha começa a resmungar, tipo -Mamãe me dá atenção!!!! E lá vou eu fazer um mimo. Logo já é a hora do banho, da próxima mamada... quando vejo já está na hora de me arrumar pra ir a aula.
Um dia meu marido me perguntou de como eu estava, o que eu estava achando da nova vida, ou tipo como estou me sentindo. Respondi: Amor, virei um hamister que vive correndo na rodinha e não sai do lugar. É assim o serviço doméstico de quando se é mãe, você faz, arruma ali e acolá e no outro dia começa tudo de novo, e depois de novo e de novo. Agora o ser mãe, o amamentar, brincar, estimular, não se engane, é cansativo. Tem horas que quero dormir, ler um livro, ver uma programa na tv, mais aí a menininha faz cocô e tem que trocar, ou quer brincar, ou quer mamar e como toda mãe, o filho é sempre prioridade, e lá vamos nós nos esforçar ao máximo para ser a melhor mãe do mundo, porque nos cobramos isso dia e noite, e por mais que fazemos sempre ficamos frustradas nos sentindo mãe mosntro, como se faltasse tudo, como se não tivessemos brincado, cuidado, estimulado o bastante o nosso pequeno.
Não termina por aí, tem o papel esposa perfeita. O mundo inteiro vai comentar se você estiver descabelada, com uma roupa feia e vai falar cruelmente de que você ficou desleichada depois que casou, que você tá muito feia de corpo depois que engravidou. É muito cruel. Aí, claro a mulher tem que se esforçar para ser perfeita e seguir os padrões cruéis da modernidade, por mais que não concorde com tal, lá vai ela tentar cuidar de tudo.
Por mais que se fale em divisão de tarefas domésticas, direitos iguais, todas as mulheres sabem que isso não passa de uma teoria, pois são elas as primeiras a questionar a fulana e a ciclana. Sem contar o debate que ocorre em cada consulta da minha menininha. Uma se diz mais mãe, mais isso ou aquilo.
Claro que tudo é um tanto irônico, pois, por mais dificil e cansativo que isso seja, não se tem como imaginar a vida diferente. Não se pode aceitar a possibilidade de estar longe desse pequeno ser tão encantador capaz de virar a vida da gente de cabeça para baixo.

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