Mãe em o primeiro dia de aula

Bem, depois de uma férias de 8 meses, hehe, minhas aulas começaram. Eu estava ansiosíssima, afinal eu ia sair de casa e ver gente. Quem tem bebê em casa sabe bem como é difícil viver enclausurada e fazendo serviços domésticos.
 Já com um pequeno estoque de roupas novas no guarda roupa (depois da gravidez nada serve, mesmo!!)fui a faculdade. Tímida e com as mãos geladas como em um primeiro beijo. Tudo novo de novo. Minha grade por causa da transfêrencia ficou mais aberta que as pernas em um parto.  Pensamento positivo, mais chance de conhecer pessoas. Cada dia uma sala diferente e uma turma diferente.
Cheguei usando um truque para parecer confiante nos corredores..hehehe pode parecer ridículo, mais ao invés de olhar as pessoas imaginando elas usando a roupa de baixo, preferi focar na carreira dos meus sonhos, delegada, como uma atriz me imaginei uma Giovanna Antonelli em Salve Jorge, toda poderosa e muito bem sucedida. Pode ser besteira, mais ajuda muito,essa farsa me manteve com os ombros erguidos e uma postura adequada, claro que estar com roupas adequadas e cabelos bem penteados ajuda e muitoo. Fica mais fácil até conseguir a primeira apresentação seguida de bate-papo, afinal não é nada legal ficar com aquela cara de acuada, ombros caídos e cabeça baixa, poxa não cometi nenhum crime??!!! Ah, quem não fica um pouco acanhada em uma multidão desconhecida com vários grupos formados??? Bem que isso dura apenas uns dois ou três dias,né! Depois tudo vai se banalizando.

O primeiro dia foi quase perfeito. Descobri que terei que estocar a sapateira. Estava tão ansiosa para usar meus saltos que já fui logo calçando para ir a aula, só que no meio do caminho meus pés já estavam cheios de bolhas e vermelho. Vida de mãe não é fácil. Você sabia que o pé cresce até um número na gravidez?? Pois é, o meu cresceu. Descobri no meu primeiro dia de aula. O sapato apertava tanto que me dava câimbras e depois ficava dormente. Fiquei pensando no que fazer: tira ou não tira? Ainda bem que levei um chinelinho preta na bolsa. Para não estragar o look aguentei firme das 7:30pm ás10:00pm.. assim que acabou a aula corri para o banheiro e acabei com meu sofrimento. Agora o par de sapatos estão na geladeira no freezer com saquinhos de água dentro, quem sabe laceia. Dica que peguei na internet, pois não é fácil perder sapatos tão queridos.

E O KIKO?

Ah, fala sério, ninguém merece.
Hoje tive uma sessão na clinica para tratar de minhas estrias na barriga, já fui quatro vezes e hoje foi a quinta sessão. A mulher que faz o tratamento em mim, que por incrível que pareça é a dona da clinica não tinha chegado, estava marcado para as quatro da tarde. Euzinha ali sentada segurando a Gabi, minha filhota na cadeirinha do bebê comforto, rezando para que ela dê um cochilinho.

 Poxa, sacanagem, a moça que faz massagem a um fundo musical gospel  alto me veio justificar a ausência da dona tratante, ela estava no centro da cidade..... What?? E o Kiko?? Tava marcado as quatro horas da tarde, eu tenho um bebê para cuidar, tenho horários. Passou uns quarenta minutos e enfim a tratante chegou contando o milagre divino, recebera carona para ir e vir de sei lá onde. Não que eu duvide, na verdade, queria chegar logo em casa, Gabi já estava inquieta. Fazer o quê, as sessões já estavam todas pagas, e também todos ali estavam dispostos a me ajudar com a Gabi, e mais, a tratante sempre atrasou desde minha primeira sessão, devia eu estar já preparada para tal... e também ela é agradável.. não vou apelar!!

Queda de cabelo e afins - pós parto

Recordo de ter passado uma gravidez um tanto solitária, morando sozinha, sem muitos amigos, sem o o bem do lado e tendo muito, muito trabalho e estresse na faculdade.
Depois de segurar aquele barrigão, ter  inchado até a ponta da orelha, herdar estrias na barriga e uma enorme dor nos joelhos, a querida mamãe também terá que lidar com a perda de seus tufos capilares..é isso aí, a ameaça da carequice.Assim que minha fofolette fez 3 meses meus tufos capilares não ficavam mais só no ralo do banheiro.. tem cabelo por tudo que é lado, no chão do quarto, na cama, no sofá.. eiiiii o pior é que não se acha nada que resolva, nem creme anti queda nem remédios, ninguém indica nada.. espero que tenha cabelo suficiente para cair , pois dizem que a queda vai até o primeiro ano da baby, ainda me falta muito tempo e pouco cabelo.rsrs... Não vivem as mamães só de noites mal dormidas, ohh se fosse só isso.

A palavra mãe tem uma profundidade de emoções. Primeiro você, caso tenha tido um parto normal fica toda arrebentada.. ah tah, isso ninguém comenta; depois o básico que não sei porque todos enfatizam pois é o de menos, que são as noites mal dormidas, os afazeres que não te dão tempo nem para um banho mais detalhado, digamos assim.. tenho que ressaltar também que por mais que se esforce tudo tende a piorar, as roupas não servem de novo, te deixando obrigada a usar aquelas rouponas horríveis que vc tem guardado no fundo do baú, tipo um camisetão ou uma blusinha relaxada que você comprou na feira a dez mil anos atrás. Aí sim, sua auto estima fica em um sentido contrário. até para ser analisada pela sua falta de tempo. No meu caso, dar banho na princesinha, trocar, amamentar, enrolar, cuidar e cuidar, lavar roupa, limpar casa, vasilhas..uffff ainda falta passar roupa , espremer as horas e dar continuidade no tratamento na pele(estrias)e começa tudo de novo sem intervalos.

No final das contas, é maravilhoso ser mãe!!!

Pos parto severas mudanças

 Assim que minha filhota linda nasceu, não demorou muito, mais logo veio o choque das mudanças em minha vida. Não tem como se preparar para isso. Não existe conselhos capazes de nos fazer enxergar a imensidão do que é ser mãe. Ser mãe é se integrar a imensidão. Impossível calcular todos os acontecimentos nas primeiras frações de segundos. O peito é bombardiado a todo vapor  desde o pequeno suspiro do pequeno bebê fragil e ao mesmo tempo tão forte.

A sensação que tenho é de ter reencarnado, de ter renascido como outro ser, porque é exatamente isso... tudo mudou, meus sonhos, planos, vontades, prioridades e claro, fisicamente me sinto outra pessoa.
É uma mistura de sentimentos e uma saudade infinita, só que uma saudade sem lamentos, pois nada agora pode ser mudado, pois se analisarmos, o que for mudado, em pensamento que seja, poderia mudar o tão glorioso final, ou pode se dizer, começo, a vida da minha filha. Se eu não tivesse feito isso ou aquilo, ela poderia ser outra e não existe nada em meu ser que aceite essa mudança, essa é a única mudança da qual não estou preparada para imaginar. Eu quero ela, somente ela para sempre. Seu sorrisinho lindo, seu chorinho desajeitado, tudo para mim..

Minha! Pleno egoísmo

Estou já na última semana de gravidez. Posso estar sendo ingrata com tudo, mais por mais que eu tente, esse descontentamento insiste em me acompanhar.  É um descontentamento burro. A vontade se restringe a voar para o mais alto e mais longe. A minha gravidez foi linda, sem complicações, graça as boas bençãos do céu e apenas aos céus me curvo, porque ao resto senti crueldade.

Logo chegará a única coisa que realmente vale a pena nessa minha vida mesquinha. Quero raptá-la. Fugir com ela para o infinito. Não quero ninguém por perto, a verdade é que não quero ninguém a tempos.  Os dias vão se afinando e me vejo encurralada a sorrisos e boas vindas.
Ah, quem me dera estar em outro tempo. Tempo onde se via mais árvores do que olhares, mais flores do que carros, mais água do que cinza e prédios decadentes. Daria tudo para me perder em uma mata linda, e por lá ficar com minha pequena, contemplando o amanhecer e enchendo a alma de luz.

A tranquilidade de uma gravidez

Meus pés estão inchados, minhas unhas estão com um esmalte claro, já com um tom amarelado, pois já faz umas três semanas e alguns dias que estão aí enfeitando minha unhas em meio a muito ressecamento de meus dedos. Sou escrava de um tal óleo de amêndoas. Odeio usar óleo no corpo. Alias, acho que estou começando a acostumar. O clima seco desse lugar mais as prováveis estrias da qual vigio dia e noite estão me deixando bem biruta.

Falta apenas mais uma ou duas semanas e minha filhota nasce.

Tenho apenas 4 peças de roupa que me servem. Na boa, estou ótima como réplica de um belo botijão de gás de roupinha. Minhas bochechas estão semelhantes a de um bulldog.
Continuando a descrição, consegui queimar o queixo antes de ontem com um pedaço de carne. Incrível!! A carne estava dentro de um pãozinho francês frio. Como consegui? Agora para acrescentar toda essa beleza que carrego no dia-a-dia tenho um queimado redondo no queixo. Espero que não vire uma bola preta no futuro.

Dormir é a coisa mais trabalhosa do mundo. Tem um ritual que deve ser seguido, não tem como descansar sem que tudo saia perfeitamente bem. Não se pode exagerar nas boquinhas depois da 8hs da noite, considerando o fato de ir para a cama a meia noite. É simples, a azia acaba com toda a noite de uma gestante. Então, deve se ter sempre um vidrinho de Hidróxido de alumio debaixo da cama para dar uns gargalos quando o dragão que esta na garganta começar a baforar. O engraçado é a dureza com que se deve dormir. O lado é um só, não existe flexibilidade quanto a isso, qualquer posição contraria, o risco de morrer sufocada é certo. É bom dormir quando já se está como zumbi, para evitar ficar esfregando as pernas e apertando os dedos em meio a agonia noturna e ainda levar um desaforo do seu vizinho de cama, conhecido como o marido cansado que tem que acordar cedo.

Descobri que a mulher aguenta com uma gargalhada interna em meio a gritos a dor do parto por dois motivos bem simples: o primeiro é que ela não suporta mais todo o cansaço que a gravidez traz, ela quer se livrar desse estado de mulher grávida, sem roupas que servem, aparência horrível e agoniada. O segundo motivo é que ela não aguenta mais ninguém comentando sobre sua barriga, seu estado e aqueles amorosos conselhos do que você deve ou não fazer. E por último a grávida está louca para enfeitar o bebê com aquelas roupinhas mais fofas do mundo e chamegar muito a coisinha pequena.

Não é fácil!!!

Meu destino incerto, agora certo

Depois de tanto tempo com poucas postagens com o mesmo parágrafo de ''ohh quanto tempo não posto'' venho com noticias sólidas. Voltei!! Para quem não acredita, eu, claro, só posso compreender, até mesmo porque sei dessa minha ladainha.

Enfim mudei mais uma vez e outra para traz da qual não deu tempo de mencionar. Agora para radicalizar mudei de cidade. É isso mesmo! Agora sou moradora de um lugarzinho polêmico que não tem nada de ''inho'': Brasília.

A verdade é que não faz muito tempo que estou aqui estorricando o meu nariz no caos da secura, umidade no ar no DF é lenda.

 Bem, apesar de ter minha pele em tão pouco tempo rachada e o nariz a sangue cru, ficando escrava do tal vidrinho de soro, estou até gostando. Não diria que é tanto por mérito do DF e sim por finalmente estar ao lado do meu amoreco agora papai. Tantos séculos de namoro e agora estamos vivendo a tal vidinha''quase'' de casados. Digo ''quase'' porque ainda estamos na fase da bagunça. O ap que vamos morar ainda não está 100%, falta terminar a instalação elétrica, os ajustes no quartinho da minha herdeira que chega em setembro e a mobilia(rsrs) sério!!!!

Não temos o que diria a nossa cama, apesar de ter uma camona de casal antiga e com o colchão de matar qualquer um que se atreva a dormir nela de tão fino que é o colchão, no tal quarto que será nosso, também não temos sofá e guarda-roupa. Estamos ajeitando aos poucos, acredito que logo tudo vai dar certo.

Quer saber, estou mesmo muito contente, sinto aquela ansiedade boa e com bons pressentimentos...afinal chega de 'zica'!!!!!!